"Make Orwell fiction again!!"~.
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Não existem más pessoas. Somos todos farinha do mesmo saco. Bem-vindos ao mundo da globalização, em que a maioria de nós foi educada pelos mesmos desenhos animados, que discretamente promoviam valores judaico-cristãos como a compaixão.
Quando pensamos nas desgraças do mundo, arranjamos sempre um culpado. No meu caso, penso sempre num homem caucasiano de meia idade num fato. Este homem passa o dia numa sala a controlar o mundo e depois vai para casa ter com a sua família e tenta ignorar todo o mal que provocou. Sempre que penso nele admiro a capacidade que tem por conseguir dormir perante todos os problemas de que é causa.
A verdade é que, como é óbvio, este homem não existe. Nem ele, nem nenhum como ele. Nem sequer um grupo de indivíduos que faça o que ele faz. Mas existimos nós todos.
Nós também vamos todos os dias para a cama sabendo que levamos um estilo de vida responsável por todas as desgraças do mundo, como as alterações climáticas ou a escravatura moderna. Aquele homem não passa de uma “desculpa” à qual recorremos para poder descansar melhor.
Há certos esforços que estão ao alcance de todos e que poderiam realmente mudar as coisas, mas por um conjunto diverso de razões optamos por não os fazer. Portanto, recorremos a este homem para não nos sentirmos culpados. Ele é que podia mudar tudo se quisesse. Pensar neste homem justifica a nossa falta de vontade, mascarando-a de impotência. Mas nenhum de nós é impotente, somos parte da sociedade mais educada da história, temos toneladas de informação ao nosso dispor, somos eleitores, somos consumidores, a maioria de nós vive em democracias liberais. Somos tudo menos impotentes, quanto muito somos apenas preguiçosos. Aquele homem não existe, mas nós sim e temos o poder da mudança nas nossas mãos.
~Zé
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Não existem más pessoas. Somos todos farinha do mesmo saco. Bem-vindos ao mundo da globalização, em que a maioria de nós foi educada pelos mesmos desenhos animados, que discretamente promoviam valores judaico-cristãos como a compaixão.
Quando pensamos nas desgraças do mundo, arranjamos sempre um culpado. No meu caso, penso sempre num homem caucasiano de meia idade num fato. Este homem passa o dia numa sala a controlar o mundo e depois vai para casa ter com a sua família e tenta ignorar todo o mal que provocou. Sempre que penso nele admiro a capacidade que tem por conseguir dormir perante todos os problemas de que é causa.
A verdade é que, como é óbvio, este homem não existe. Nem ele, nem nenhum como ele. Nem sequer um grupo de indivíduos que faça o que ele faz. Mas existimos nós todos.
Nós também vamos todos os dias para a cama sabendo que levamos um estilo de vida responsável por todas as desgraças do mundo, como as alterações climáticas ou a escravatura moderna. Aquele homem não passa de uma “desculpa” à qual recorremos para poder descansar melhor.
Há certos esforços que estão ao alcance de todos e que poderiam realmente mudar as coisas, mas por um conjunto diverso de razões optamos por não os fazer. Portanto, recorremos a este homem para não nos sentirmos culpados. Ele é que podia mudar tudo se quisesse. Pensar neste homem justifica a nossa falta de vontade, mascarando-a de impotência. Mas nenhum de nós é impotente, somos parte da sociedade mais educada da história, temos toneladas de informação ao nosso dispor, somos eleitores, somos consumidores, a maioria de nós vive em democracias liberais. Somos tudo menos impotentes, quanto muito somos apenas preguiçosos. Aquele homem não existe, mas nós sim e temos o poder da mudança nas nossas mãos.
~Zé
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