Um povo sem cultura é um povo quadrado.

’'Um país sem acesso às várias formas de cultura é um país fadado a ser conservador.’’~ Lilia Schwarcz

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A noção de arte urbana nasceu nos EUA nos anos 70, mas a arte na rua existe desde a pré-história, com os desenhos nas paredes, as danças e as peças de teatro. A arte urbana ganhou uma noção diferente na época contemporânea pois a arte era, e infelizmente é, um luxo, que na maioria das vezes só se tem acesso em museus, teatros, cinemas, etc… Geralmente a arte urbana tem teor político e social, mas como se trata de um estilo livre qualquer coisa pode ser considerada arte urbana. Os artistas são geralmente anónimos e os poucos que se tornam conhecidos raramente mostram a sua verdadeira identidade. Para além de Banksy, podemos também contras com outros artistas como Eduardo Kebra, Faith 47, Joe Lurato, JR, etc… 

Todas as vanguardas modernas vieram combater a luta entre cultura erudita e cultura popular, infelizmente muitas das obras eram compradas e mais uma vez tornadas quase inacessíveis para a população. Na arte urbana isso é mais difícil fazer porque há mais complicações em tirar um bocado de parede de um prédio, de tirar um dançarino ou um cantor, por isso torna-se a arte que é de todos para todos e qualquer exposição de arte urbana num museu é, para mim, ridícula e contraditória. Este estilo de arte é muito importante porque apresenta temas que podem levar à reflexão do espetador. Não sou contra museus, teatros e cinemas onde se paga a entrada, porém gostaria de ver maior apoio do estado para que a cultura se tornasse acessível a todos sem prejudicar os artistas. A cultura é a abertura de mentalidades e o ginásio do pensamento.

~Matilde

Banksy