“Queres conhecer um povo conhece-lhe a arte.”~
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O surgimento de novos movimentos artísticos tem muitas vezes como origem acontecimentos grandes, ruturas e crises de todo o tipo. Dentro de todas as épocas históricas há várias mudanças estéticas, mas neste artigo vou me focar apenas na época contemporânea.
Movimentos como o Renascimento, a época Barroca, o Iluminismo, marcaram e modificaram a Europa e deixaram marcas até aos dias de hoje. No século XX, o mundo estava perante uma mudança enorme. Com a teoria da relatividade, a psicanálise de Freud, o cinema, a fotografia, a primeira guerra mundial… começou-se a questionar a tradição, a ordem, os avanços tecnológicos, o progresso…. Desenvolveram-se as grandes vanguardas artísticas. Depois da segunda guerra, com os totalitarismos, veio à tona arte com um grande teor político, a arte da censura, do medo, a propaganda nacionalista, anticomunista, mas também a arte da luta, do amor, da esperança, da saudade…
A minha grande pergunta é se agora surgirá um novo movimento. Nestes poucos meses de crise o mundo já apresentou várias sensibilidades governativas. O Estado-Providência parece uma mentira, a solidariedade e consciência só se utilizam quando não nos prejudicam. Tudo é um negócio, até as nossas vidas. Mais uma vez o Homem demonstra-se irracional. Contudo, também vejo uma crescente valorização da liberdade, do convívio e do contacto humano. Como é que vamos expressar isso na arte e no nosso modo de agir? Será que o vamos fazer? Mais uma vez tudo se demonstra falso e mais uma vez temos de voltar a mostrar o que é verdadeiro e principalmente aquilo que queremos que o seja.
Será que com esta nova crise do COVID-19 surgirá uma nova mentalidade e um novo movimento artístico?
~Matilde
Escher~ Mão com esfera refletora (1935)
Eugène Delacroix~ A liberdade guiando o povo (1830)
Hyacinthe Rigaud~ Luís XIV (1710)
Sandro Botticelli~ O nascimento de Vénus (1486)
Arte medieval (1308)
Ajax e Cassandra (440-430 a.C)
Arte Rupestre (possivelmente 40000 a.C)
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