"Growth for the sake of growth is the ideology of the cancer cell."~ Edward Abbey
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Foi há pouco tempo que comecei a ler o livro "Gente Descartável" de Kevin Bales, no qual o autor vai proceder a uma análise da escravatura moderna. Segundo Bales existem, no mínimo, 27 milhões de escravos no mundo. Mas se na escola nos ensinaram que a escravatura foi abolida, porque é que ainda é uma realidade tão presente?
A escravatura está por detrás do crescimento económico brutal verificado em países como a Índia, a Tailândia e a China. A tal mão de obra barata de que tanto ouvimos falar, por vezes não é só barata, é de graça. Ora se a mão de obra é de graça, então, o principal custo da produção é o do material e, portanto, o lucro é muito maior. Os governos dos países em que esta realidade está mais presente esforçam-se por encobri-la e os dos países mais "desenvolvidos" também sabem desta realidade (como é óbvio, o que não falta por aí são trabalhos como o de Bales que a denunciam), mas limitam-se a fechar os olhos. Tudo isto porque a escravatura está ao serviço da economia, é a escravatura que permite o lucro fácil de que o capitalismo tanto precisa. Mas desengane-se quem pensa que a escravatura moderna é uma realidade apenas nos países em desenvolvimento, estima-se que em Paris existam pelo menos 3000 escravos domésticos. E não é apenas a economia dos países em desenvolvimento que sai beneficiada, muita desta mão de obra escrava é utilizada por empresas de países desenvolvidos.
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Foi há pouco tempo que comecei a ler o livro "Gente Descartável" de Kevin Bales, no qual o autor vai proceder a uma análise da escravatura moderna. Segundo Bales existem, no mínimo, 27 milhões de escravos no mundo. Mas se na escola nos ensinaram que a escravatura foi abolida, porque é que ainda é uma realidade tão presente?
A escravatura está por detrás do crescimento económico brutal verificado em países como a Índia, a Tailândia e a China. A tal mão de obra barata de que tanto ouvimos falar, por vezes não é só barata, é de graça. Ora se a mão de obra é de graça, então, o principal custo da produção é o do material e, portanto, o lucro é muito maior. Os governos dos países em que esta realidade está mais presente esforçam-se por encobri-la e os dos países mais "desenvolvidos" também sabem desta realidade (como é óbvio, o que não falta por aí são trabalhos como o de Bales que a denunciam), mas limitam-se a fechar os olhos. Tudo isto porque a escravatura está ao serviço da economia, é a escravatura que permite o lucro fácil de que o capitalismo tanto precisa. Mas desengane-se quem pensa que a escravatura moderna é uma realidade apenas nos países em desenvolvimento, estima-se que em Paris existam pelo menos 3000 escravos domésticos. E não é apenas a economia dos países em desenvolvimento que sai beneficiada, muita desta mão de obra escrava é utilizada por empresas de países desenvolvidos.
A escravatura é ilegal e repudiada publicamente por
todos os governos do mundo. Contudo, é também uma realidade em
crescimento e conhecida pela maioria, mas preferimos ignorá-la, não
pensar nisso. Tudo pela economia... marchamos todos em conjunto com a
distopia capitalista...
~Zé
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Os dados utilizados são de 2001 ou anteriores e constam todos no livro de Kevin Bales.
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