"Eu não vim da tua costela, eu vim do meu útero."~
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O feminismo moderno está dividido em três ondas. Cada uma marcada por um tipo de reinvidicações e passada numa determinada época.
Apesar da primeira onda só ter começado no século XVIII o feminismo apareceu muito antes, na época renascentista, séc.XIV (apesar da revolta feminina ser algo intemporal) , contudo não foi considerada uma onda porque não havia movimentos e grupos feministas, porém havia mulheres que percebiam a injustiça face ao sexo feminino.
Uma das primeiras mulheres a escrever e a falar sobre misoginia foi uma italiana do século XIV, Cristina de Pisano. Nesta altura uma mulher saber escrever demonstrava audácia.
Cristina Pisano
Mais tarde, na França do séc. XVIII, com a primeira onda feminista começam a aparecer organizações feministas. As sufragistas lutavam pelo poder político e económico da mulher na sociedade. Queriam votar e ter um salário mais justo. (Sobre esta época recomendo o filme: "As Sufragistas" realizado por Sarah Gavron.) A segunda onda feminista começa nos anos 50 e estende-se até ao fim dos anos 80. Este movimento luta por mudar o papel social e cultural da mulher, numa sociedade onde a mesma é apenas um objeto sem direitos sobre o próprio corpo. O aborto, a violação, a etiqueta feminina são temas bastante tratados nesta época.
Sufragistas.
Manifestação feminista dos anos 70.
Por fim, a terceira onda é quase uma continuação da primeira e da segunda, porém têm um impacto maior, pois começa na era da comunicação virtual, onde mulheres de todo o mundo se podem juntar por uma luta com mais impacto. Esta onda também se mostra mais revoltada, pois percebe que os movimentos anteriores não causaram as mudanças desejadas.
Dia internacional da mulher em 2018 (Brasil).
Uma luta já com mais de 700 anos continua a mostrar-se insuficiente fase a uma cultura impragnada de machismo e sexismo. No mundo contemporâneo 2/3 das pessoas analfabetas são mulheres e pelo menos 62 milhões de mulheres não têm acesso à educação. A luta feminista é constante e é nos pequenos atos que se faz a mudança.
Ser mulher é delicadeza e brusquidão, ser mulher é pureza, mas também pecado.
~Matilde
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