"Um campo de reeducação é muito pior que uma prisão."~
Sayragul Sauytbay, mulher de etnia cazaque, ex-reclusa dos campos de
reeducação de Xinjiang. Esta citação é duma entrevista em que Sauytbay
diz também que a tortura e a violação são comuns nos campos e que o som
de gritos é constante.
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"Muitos formandos (reclusos), antes afetados por um pensamento extremista e que nunca tinham participado em atividades desportivas ou artísticas, não se tinham apercebido que a vida podia ser tão colorida."~ Shohrat Zakir, chefe da província de Xinjiang na China
.
Os campos de reeducação, existentes desde 2014 na província de Xinjiang e legalizados por Pequim este ano, surgem como uma medida do governo para combater o extremismo religioso e o terrorismo. Estima-se que mais de um milhão de pessoas estejam detidas nestes campos.
Apesar de tudo, numa entrevista, Zakir garantiu que as condições dos campos de reeducação não são assim tão más, realçando que "o que não falta nestes campos são meios para os reclusos se entreterem."
Por parte da comunidade internacional, as reações ainda não foram mais longe que algumas sanções e votos de condenação. Entretanto ficamos a assistir a um cenário na China, que não se distancia muito daquele que é considerado um dos episódios mais negros da história, os campos de concentração nazis.
O que me choca em toda esta situação é que apesar de na escola nos terem ensinado o terror que foram os campos de concentração nazis e de toda a condenação da comunidade internacional a este fenómeno, hoje em dia assistimos a um cenário muito semelhante com campos legalizados pelo governo chinês, onde se prendem pessoas pelas suas crenças religiosas...e também com o governo chinês, à semelhança do nazi, a promover uma imagem destes lugares como necessários para o bem-estar nacional e a realçar as condições impecáveis para os reclusos. Perante isto tudo, a comunidade internacional parece-me, pelo menos do meu ponto de vista, bastante plena e relaxada.
Hipocrisia, é a única palavra que me vem à cabeça.
~Zé
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"Muitos formandos (reclusos), antes afetados por um pensamento extremista e que nunca tinham participado em atividades desportivas ou artísticas, não se tinham apercebido que a vida podia ser tão colorida."~ Shohrat Zakir, chefe da província de Xinjiang na China
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Os campos de reeducação, existentes desde 2014 na província de Xinjiang e legalizados por Pequim este ano, surgem como uma medida do governo para combater o extremismo religioso e o terrorismo. Estima-se que mais de um milhão de pessoas estejam detidas nestes campos.
Apesar de tudo, numa entrevista, Zakir garantiu que as condições dos campos de reeducação não são assim tão más, realçando que "o que não falta nestes campos são meios para os reclusos se entreterem."
Por parte da comunidade internacional, as reações ainda não foram mais longe que algumas sanções e votos de condenação. Entretanto ficamos a assistir a um cenário na China, que não se distancia muito daquele que é considerado um dos episódios mais negros da história, os campos de concentração nazis.
O que me choca em toda esta situação é que apesar de na escola nos terem ensinado o terror que foram os campos de concentração nazis e de toda a condenação da comunidade internacional a este fenómeno, hoje em dia assistimos a um cenário muito semelhante com campos legalizados pelo governo chinês, onde se prendem pessoas pelas suas crenças religiosas...e também com o governo chinês, à semelhança do nazi, a promover uma imagem destes lugares como necessários para o bem-estar nacional e a realçar as condições impecáveis para os reclusos. Perante isto tudo, a comunidade internacional parece-me, pelo menos do meu ponto de vista, bastante plena e relaxada.
Hipocrisia, é a única palavra que me vem à cabeça.
~Zé
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